Lua vermelha
Fim de semana ótimo, Teatro eu e meu amore, uma peça sobre as obras do “Chico Buarque” muito bom, não é aquela maravilha mais valeu, sem contar que somente R$ 5,00 reais e novamente teatro vazio, enquanto os bares lotados, será que isso vai mudar alguma dia...
Ótima Semana a todos.
Lua vermelha
Caminho a noite em uma estrada escura, iluminada apenas pelos poucos postes, com uma luz mercúrio que deixa um clima sinistro, aos poucos o barulho dos meus passos são abafados por gritos, gritos distantes, gritos de dor, não consigo distinguir qual criatura produz esses gritos, só sabia que não era humano, apresso meus passos, ouço algumas vozes, pessoas se escondendo, correndo, tomadas pelo medo, fechando suas casas, a rua esta mais deserta do que antes, agora ouço passos que não são os meus, estão na mesma cadencia, ao longe a lua esta vermelha, um vermelho tão lindo, uma lua tão cheia, o espelho da noite, um buraco no tecido negro do céu.
Um vento assovia, como se fosse uma canção, fazendo as arvores dançarem, como uma música, a ultima sinfonia, uma sinfonia inacabada, elas dançam bem devagar, fazendo uma chuva de folhas, misturando a música do vendo com um farfalhar das folhas caindo, cobrindo o chão, fazendo o que seria meu ultimo repouso, num relance percebo um olhar entre as arvores, um olhar tão vermelho quanto a lua, em um instante de curiosidade, chego mais perto para vislumbrar essa visão, mais tal imprudência me custa algo que não mais terei, minha vida, em segundos uma criatura negra como a noite parece brotar do chão, com garras e dentes brancos como leite, como movimentos tão rápidos que mal consigo dar mais um passo, caio, não sei direito o que ouve, senti como se a própria morte tivesse me ceifado, como se minha alma tivesse sido tirada de mim, só sinto o chão de folhas, ainda posso ver a criatura desaparecendo na penumbra da noite, e ali deitado, olho pela ultima vez para a lua, ouço o vento pela ultima vez, meu corpo já brilha vermelho como a lua, como o meu sangue, sob uma chuva de folhas, folhas de um ipê amarelo, a primavera havia chegado... Minha ultima primavera...
Ótima Semana a todos.
Lua vermelha
Caminho a noite em uma estrada escura, iluminada apenas pelos poucos postes, com uma luz mercúrio que deixa um clima sinistro, aos poucos o barulho dos meus passos são abafados por gritos, gritos distantes, gritos de dor, não consigo distinguir qual criatura produz esses gritos, só sabia que não era humano, apresso meus passos, ouço algumas vozes, pessoas se escondendo, correndo, tomadas pelo medo, fechando suas casas, a rua esta mais deserta do que antes, agora ouço passos que não são os meus, estão na mesma cadencia, ao longe a lua esta vermelha, um vermelho tão lindo, uma lua tão cheia, o espelho da noite, um buraco no tecido negro do céu.
Um vento assovia, como se fosse uma canção, fazendo as arvores dançarem, como uma música, a ultima sinfonia, uma sinfonia inacabada, elas dançam bem devagar, fazendo uma chuva de folhas, misturando a música do vendo com um farfalhar das folhas caindo, cobrindo o chão, fazendo o que seria meu ultimo repouso, num relance percebo um olhar entre as arvores, um olhar tão vermelho quanto a lua, em um instante de curiosidade, chego mais perto para vislumbrar essa visão, mais tal imprudência me custa algo que não mais terei, minha vida, em segundos uma criatura negra como a noite parece brotar do chão, com garras e dentes brancos como leite, como movimentos tão rápidos que mal consigo dar mais um passo, caio, não sei direito o que ouve, senti como se a própria morte tivesse me ceifado, como se minha alma tivesse sido tirada de mim, só sinto o chão de folhas, ainda posso ver a criatura desaparecendo na penumbra da noite, e ali deitado, olho pela ultima vez para a lua, ouço o vento pela ultima vez, meu corpo já brilha vermelho como a lua, como o meu sangue, sob uma chuva de folhas, folhas de um ipê amarelo, a primavera havia chegado... Minha ultima primavera...
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